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Num volte-face, quando eu puder, viro menina-mulher.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

   A verdade é que agora te posso amar. Já não falas mais alto. Já não me ensurdeces, já não me empurras, já não me empilhas a um canto.  Agora arriba a paz. Fazes as tuas guerras, lá, do outro lado de ti. Porque se os teus dias são cinzentos, os meus são verde-água. Cheios do amor que me sobrou. Não sei de ti e dói, e não tenho posição. Porém, a inquietude é, em prova forte, que me sinto amar, que me sinto sentir. Exuberância. A sombra nunca me chegou, nem o silêncio. E já amputei orgulhos a fim de preparar a terra. O amor é um fruto arisco que não cresce assim com duas tretas. Mais a mais, tu és demasiado rabugento para agricultor. Nunca estás quieto o suficiente para ver florescer, que é a parte mais bonita. Percebo muito mais de amor que do resto. Do resto não entendo nada, tens razão. 
 
    E vou sendo feliz, se tu estiveres feliz também. 
    Prometi os meus dias à tarefa de te fazer acreditar, mas isso agora já não me interessa. 
   Amo-te. Amo-te sozinha, que assim é que é de amar.
   

2 comentários:

  1. Elisa, a parva, assumidamente. Uma parva com consciência continua a ser inimputável?

    :)

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  2. Mais vale um parvo com consciência que um inocente sem.

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